Covid-19: os funcionários de hospital que preferiram perder emprego a tomar vacina nos EUA
MUNDO
Publicado em 15/07/2021

O Houston Methodist Hospital, no Texas, é a primeira rede de hospitais dos Estados Unidos a exigir que seus funcionários se vacinem contra a covid-19.

A grande maioria de seus 26 mil empregados concordou. Mas 153 deles preferiram perder o emprego.

A enfermeira Jennifer Bridges é um deles, e lidera uma ação na Justiça contra o hospital 0151 um exemplo do crescente grupo de pessoas que rejeita as vacinas no país, que vive uma "epidemia" de desinformação propagada por grupos antivacina.

"Inicialmente, só queria que a vacina fosse totalmente aprovada [pelo governo]. Também queria que os dados de longo prazo fossem conhecidos antes de tomar, porque depois que você colocou no seu corpo, não tem como tirar de volta", diz ela.

"Mas conforme o tempo foi passando, decidi que nunca vou tomar a vacina", completa.

O Houston Methodist Hospital diz ser uma "responsabilidade sagrada" proteger os pacientes. E que essa é uma das razões da vacinação obrigatória.

"Tem existido um movimento real e organizado para minar as vacinas. E elas são a razão pela qual vivemos até os 70 e muitos anos agora, e não até os 50", afirma Marc Boom, presidente da instituição.

Especialistas dizem que liberdades individuais devem ser respeitadas, desde que não coloquem outras pessoas em risco.

Segundo eles, entre 70% e até 90% da população precisa estar imunizada para que seja possível controlar a pandemia.

Com a volta progressiva aos ambientes de trabalho, o governo americano autorizou empresas a colocarem a vacina como requisito para manter o emprego de seus funcionários.

Mas os governadores republicanos do Texas e da Flórida estão passando leis para tornar esse tipo de demissão ilegal.

A enfermeira Jennifer Bridges teve sua ação negada por um juiz. Mas ela diz que não irá desistir.

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