Na última segunda-feira (30), o juiz Randolfo Ferraz de Campos, da 14ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, autorizou grupos de oposição ao presidente Jair Bolsonaro, a realizar protestos no dia 7 de setembro, no Vale do Anhangabaú em São Paulo.
A prefeitura de São Paulo quer responsabilizar eventuais casos de vandalismo por parte dos grupos de esquerda. Já os movimentos sociais argumentam que cabe à Guarda Civil Metropolitana (GCM) e à Secretaria de Segurança Pública cuidar da segurança do patrimônio e dos manifestantes.
Segundo a Folha, houve uma reunião na Secretaria da Casa Civil da Prefeitura de São Paulo durante a tarde com Raimundo Bonfim, representante da Central de Movimentos Populares e do Grito dos Excluídos, disse que vistoriou o local com membros da administração municipal e que está tudo certo para que a manifestação aconteça.
Mais cedo, também teve uma reunião com a Polícia Militar, houve discussão entre os movimentos de esquerda e o subprefeito da Sé, coronel Marcelo Sales.
Sales disse que a manifestação só poderia ocorrer no local caso uma das entidades organizadoras se responsabilizasse por ressarcir eventuais danos ao patrimônio, mesmo que o quebra-quebra ocorra após o encerramento oficial do protesto. Ele disse ser necessária a assinatura de um termo de compromisso nesse sentido.
Grupos de esquerda como MTST, CUT, UNE, Movimento Acredito, Frente Povo Sem Medo, Frente Brasil Popular e Coalizão Negra por Direitos— alegaram que não pode haver condição para que o espaço seja cedido.
Até o momento, o termo não foi assinado. Ficou acertado que a Casa Civil encaminharia a minuta do termo —que, para os movimentos de esquerda, não pode trazer cláusulas de responsabilidade objetiva.