Ômicron pode infectar metade da Europa nas próxima semanas, diz OMS
MUNDO
Publicado em 11/01/2022

Metade da Europa pode ser contaminada pela variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus SARS-CoV-2 dentro de seis a oito semanas, alerta previsão da Organização Mundial da Saúde (OMS). Na segunda-feira (10), foram registrados mais de 3 milhões de novos casos globais da covid-19 — este é o maior número de novas infecções já identificadas, em 24 horas, desde o começo da pandemia.

"Nesse ritmo [de crescimento da Ômicron], o Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde prevê que mais de 50% da população será infectada pela nova cepa nas próximas seis a oito semanas", afirmou Hans Kluge, o diretor da OMS para o continente europeu, durante coletiva de imprensa.

Segundo Kluge, a projeção sobre o avanço da covid-19 na Europa foi baseada nos sete milhões de novos casos relatados em todo o continente na primeira semana de 2022. Nas últimas semanas, o número de diagnósticos mais que dobrou.

“Hoje, a variante Ômicron representa uma nova onda de oeste para leste, varrendo a região na crista da onda da Delta que todos os países estavam gerenciando até o final de 2021”, pontuou Kluge sobre os riscos do cenário epidemiológico. Agora, "a forma como cada país responde deve ser informada pela sua situação epidemiológica, recursos disponíveis, status de vacinação e contexto socioeconômico", orienta.

Ômicron na Europa

Até o momento, os estudos científicos sugerem que a variante Ômicron tem uma probabilidade menor de causar formas graves da covid-19, principalmente em pessoas que estão completamente imunizadas — 2 doses ou imunizante de dose única — e que receberam a dose de reforço.

Por outro lado, a variante é considerada a mais transmissível já conhecida desde o início da pandemia. Por ser altamente contagiosa, a Ômicron pode elevar, de forma significativa, os novos casos da covid-19 e, consequentemente, pode sobrecarregar os sistemas de saúde da Europa e do mundo. Mesmo mais leve, alguns pacientes precisarão de internações e de UTIs.

Na França, o ministro da Saúde, Olivier Veran, prevê que janeiro será um mês difícil para os hospitais. Isso porque pacientes da Ômicron já ocupam leitos "convencionais" em hospitais e a demanda ainda deve aumentar, caso a previsão da OMS se concretize.

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