Cela de Bolsonaro já está sendo preparada pelo Exército para iminente prisão;
BRASIL
Publicado em 22/02/2024



O Exército já se adiantou às possíveis ordens de prisão preventiva contra militares que podem ser decretadas nos próximos dias e começou a preparar celas para receber os eventuais futuros encarcerados. Entre os membros e ex-membros das Forças Armadas que podem ser presos, está o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a coluna "Radar",
-, da revista Veja, uma "fonte graduada" do Exército informou que o comando de Tomas Paiva já começou a e encampar "melhorias" em alojamentos no Comando Militar do Planalto, dentro do Quartel-General em Brasília (DF).
É para lá que Bolsonaro, general Augusto Heleno e outros militares e ex-militares devem ir caso sejam alvo de uma ordem de prisão.
“A gente precisa se preparar. Pela antiguidade da pessoa presa, é preciso que a gente tenha uma estrutura melhor, até porque sofremos inspeção do STF, logo após as prisões", teria dito essa fonte, se referindo aos membros do Exército investigados no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado no Brasil.

Depoimento à PF e prisão iminente
O ministro Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta segunda-feira (19) pedido feito pela defesa de Jair Bolsonaro para adiar o depoimento à Polícia Federal (PF). O ex-presidente foi intimado a depor aos policiais no âmbito do inquérito que apura tentativa de golpe de Estado. O interrogatório está marcado para quinta-feira (22).

Mais cedo, a defesa de Bolsonaro havia avisado ao STF que o ex-presidente não comparecerá à PF para prestar o depoimento e que ele só iria cumprir a intimação quando tivesse acesso a todo o conteúdo dos celulares apreendidos durante os mandados de busca cumpridos no âmbito do inquérito. Na prática, seus defensores querem saber tudo que os outros investigados falaram sobre o golpe fracassado, sobre o próprio ex-presidente, assim como tomar conhecimento sobre qualquer mensagem atribuída ao antigo mandatário que possa ter sido armazenada nesses dispositivos dos aliados.
No despacho de resposta ao "aviso" da defesa de Bolsonaro, entretanto, Alexandre de Moraes desmentiu os advogados, afirmando que eles já tiveram acesso a todo o conteúdo das investigações, e autorizou a PF a manter a data do depoimento.

O ex-presidente, portanto, é obrigado a depor, sob pena de sanções, como condução coercitiva (caso falte a mais de um depoimento) e, em último caso, eventual decretação de prisão preventiva.
"Informe-se a Polícia Federal que inexiste qualquer óbice para a manutenção da data agendada para o interrogatório uma vez que aos advogados do investigado foi deferido integral acesso aos autos". , escreveu o ministro.

 
 
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