Apelidado de Colossus, o supercomputador de Elon Musk se tornou o mais poderoso do mundo, e traz um novo desenvolvimento de IA.
O visionário Elon Musk voltou a surpreender o mundo com um dos projetos mais audaciosos da atualidade, o Colossus. No início de setembro de 2024, ele anunciou que sua empresa de inteligência artificial, a xAl, concluiu a construção do supercomputador, agora considerado o mais poderoso do planeta.
Desenvolvido em tempo recorde, apenas 122 dias, o Colossus utiliza tecnologia da Nvidia e está localizado em Memphis, Tennessee, no data center da xAl, equipado com 100.000 processadores Hopper H100 da Nvidia, superando todos os clusters de computação de inteligência artificial existentes.
Esse feito monumental tem grande impacto no campo da inteligência artificial. Em um anúncio feito no Twitter, Musk declarou que do começo ao fim, levou apenas 122 dias. Além disso, apresenta o maior sistema de treinamento de lA do mundo. E em breve, ele dobrará de tamanho, com 200.000 processadores H200 nos próximos meses.
Essa expansão será impulsionada pela aquisição de 50.000 chips H200 da Nvidia, que são quase duas vezes mais eficientes que seus antecessores. Esse avanço consolidará ainda mais o Colossus como o principal competidor na corrida global pela supremacia em inteligência artificial.
O Colossus surgiu com um objetivo claro: treinar a terceira geração do modelo de lA da xAl, o Grok-3. O nome Grok já é bem famoso no ecossistema tecnológico, especialmente entre os usuários da plataforma de mídia social X (antigo Twitter), também controlada por Musk.
Recentemente, a segunda versão do modelo, o Grok-2, saiu. Embora tenha limitação de cerca de 15.000 processadores gráficos H100, ele já é um dos modelos de linguagem mais avançados disponíveis, segundo avaliações de desempenho de chatbots.
As expectativas para o Grok-3 são ainda mais altas. Conforme Musk afirmou, eles esperam lançar o Grok-3 até dezembro. Com isso, ele deve se tornar a lA mais poderosa do mundo naquele momento, afirmou em uma entrevista ao podcaster Jordan Peterson.
A expectativa é que o Grok-3 ultrapasse todos os modelos de inteligência artificial disponíveis, incluindo os da OpenAl, empresa que Elon Musk cofundou em 2015, mas da qual se afastou devido a divergências com o atual CEO, Sam Altman.
Musk enxerga o Grok como um componente essencial em sua estratégia de longo prazo para a Tesla. Especialistas sugerem que, no futuro, o modelo poderá ser integrado ao robô humanoide Optimus, atualmente em desenvolvimento pela Tesla.
Se essa visão se concretizar, Musk acredita que o projeto poderá gerar até US$ 1 trilhão em lucros anuais para a Tesla, reforçando ainda mais sua liderança no setor tecnológico.
Corrida pelos chips da Nvidia
O Colossus não é apenas um supercomputador impressionante; ele simboliza uma jogada estratégica na acirrada corrida global por hardware de inteligência artificial.
Empresas como Microsoft, Google e Amazon competem intensamente pela aquisição dos chips da série Hopper da Nvidia, que se tornaram essenciais para o progresso da lA.
No entanto, Elon Musk garantiu uma vantagem significativa ao comprometer-se a gastar entre
USS 3 bilhões e USS 4 bilhões este ano em hardware da Nvidia, exclusivamente para a
Tesla.
A xAl, por sua vez, tirou proveito do estoque de chips da Tesa, o que lhe deu uma vantagem inicial. Essa colaboração entre as duas empresas de Musk permitiu à xAl acelerar a construção do Colossus e colocá-lo em operação antes da concorrência.
Além disso, em maio, a xAl arrecadou US$ 6 bilhões em uma rodada de financiamento da Série B, com o apoio de grandes investidores como Andreessen Horowitz, Sequoia Capital e Fidelity. Esse capital será crucial para continuar ampliando a infraestrutura e as capacidades do
Colossus.
Impacto do supercomputador Colossus
Embora o Colossus desempenhe um papel fundamental no cenário tecnológico global, sua instalação em Memphis também gerou preocupações locais.
Inicialmente, a construção do data center se concluiu em tempo recorde. Contudo, a rapidez do processo levantou preocupações entre autoridades e moradores sobre o impacto na infraestrutura da cidade.
O supercomputador demanda uma quantidade imensa de recursos, incluindo até 1 milhão de galões de água por dia para resfriar seus servidores e um consumo de até 150 megawatts de energia, o que pode sobrecarregar os sistemas de abastecimento e energia local.
Apesar desses desafios, Musk mantém seu foco em acelerar o desenvolvimento tecnológico. Em uma entrevista recente ao podcaster Lex Fridman, ele discutiu sua abordagem gerencial de cinco etapas, enfatizando a aceleração de processos.
Em fala, disse que "qualquer coisa pode ser acelerada". Segundo ele, não importa o quanto você ache que pode fazer rápido, sempre consegue fazer mais.
Essa mentalidade é característica marcante de Elon Musk ao longo de sua carreira. Agora, com o Colossus, ele mais uma vez demonstra sua capacidade de desafiar os limites do que é possível na indústria de tecnologia.