MENU
APOCALIPSE NA VEIA
Declaração de Cofundador do Google gera debate sobre imparcialidade da ONU em conflitos internacionais
Sergey Brin critica relatório da ONU sobre atuação de empresas de tecnologia no Oriente Médio e reacende discussões sobre antissemitismo
Por Administrador
Publicado em 10/07/2025 13:30
MUNDO

O cofundador do Google, Sergey Brin, tornou-se o centro de uma nova polêmica internacional ao afirmar que a Organização das Nações Unidas (ONU) é “claramente antissemita”. A declaração foi feita após a divulgação de um relatório da entidade, que responsabilizava empresas de tecnologia, entre elas o Google, por supostamente se beneficiarem do conflito entre Israel e Hamas. O episódio reacendeu o debate sobre a atuação e a imparcialidade da ONU em crises geopolíticas e sobre o papel das grandes empresas de tecnologia em cenários de conflito.

 

A manifestação de Sergey Brin ocorreu após a publicação de um relatório elaborado por Francesca Albanese, relatora especial da ONU para os territórios palestinos ocupados. O documento sugeria que empresas como Google e Amazon lucraram ao fornecer infraestrutura tecnológica para o governo israelense, especialmente após os ataques do Hamas em outubro de 2023. O relatório citava, como exemplo, o Projeto Nimbus, um contrato bilionário entre Google, Amazon e o governo de Israel para fornecimento de tecnologia de nuvem às forças armadas israelenses.

 

Brin, que tem ascendência judaica, criticou o uso do termo “genocídio” para descrever a situação em Gaza, classificando-o como ofensivo e distorcido. Para o empresário, o relatório da ONU seria tendencioso e a postura da organização demonstraria um viés antissemita.

 

A declaração do cofundador do Google gerou reações imediatas dentro e fora da empresa. Parte da comunidade judaica e defensores de Israel consideraram a fala de Brin uma resposta legítima a acusações vistas como injustas. Por outro lado, críticos argumentaram que a postura do executivo poderia desviar o foco das questões humanitárias levantadas pela ONU e dificultar o debate sobre a responsabilidade das grandes empresas de tecnologia em zonas de conflito.

 

Funcionários do Google também se dividiram quanto ao posicionamento de Brin, refletindo a polarização global em torno do conflito no Oriente Médio. O episódio alimentou discussões nas redes sociais e entre especialistas em relações internacionais.

 

O relatório da ONU aponta que cerca de 48 empresas, incluindo Google, Amazon, Microsoft e IBM, teriam papel central no suporte tecnológico às operações militares israelenses em Gaza. O documento pede que essas corporações sejam responsabilizadas e que suas relações comerciais com Israel sejam revistas enquanto persistirem denúncias de violações de direitos humanos.

 

O Google, por sua vez, afirma que seus contratos com o governo israelense não têm finalidade militar e que os serviços prestados não são direcionados a operações de inteligência ou combate.

A crítica de Sergey Brin reacende a discussão sobre a imparcialidade da ONU em conflitos internacionais. Especialistas destacam que, embora a organização tenha como missão promover a paz e os direitos humanos, ela enfrenta desafios constantes para manter neutralidade diante de interesses e pressões políticas de seus Estados-membros.

 

O episódio evidencia a necessidade de um debate equilibrado sobre o papel das organizações internacionais e das grandes empresas de tecnologia em conflitos, bem como sobre a importância de combater qualquer forma de preconceito, incluindo o antissemitismo.

 

O posicionamento de Sergey Brin reforça o clima de desconfiança em relação à atuação da ONU no contexto do conflito Israel-Hamas. O caso ressalta a importância de um diálogo construtivo e transparente entre todos os envolvidos, visando soluções pacíficas e respeito aos direitos humanos.

Comentários
Comentário enviado com sucesso!