(Reuters) - O iceberg A68a está fazendo uma jornada lenta rumo a um desastre em potencial.
A massa de gelo enorme, que se soltou da plataforma de gelo antártica Larsen C em julho de 2017, deslizou em direção ao mar aberto durante dois anos até atingir a poderosa Corrente Circumpolar que circunda o continente.
Isso empurrou o iceberg para o nordeste através do que os cientistas chamam de "passagem de icebergs", e agora ele segue para a ilha da Geórgia do Sul e pode se chocar com o mundo remoto do Atlântico Sul, rico em vida selvagem, dentro de dias.
Com uma dimensão de 4.200 quilômetros quadrados, ele é maior do que Cingapura ou Luxemburgo.
"Não houve nada assim tão grande na história científica que tenhamos visto vindo para a Geórgia do Sul", disse Geraint Tarling, oceanógrafo biólogo da Observação Britânica Antártica.
"Normalmente, esperaríamos que estes icebergs se despedaçassem em pleno oceano".
Cientistas dizem que o iceberg pode se chocar com a plataforma da ilha, aniquilando a vida submarina. Se ele se acoplar ao flanco da ilha, poderia permanecer fixado a ela por até 10 anos até o gelo derreter ou se romper, disse Tarling.
Isso poderia impedir alguns dos dois milhões de pinguins da ilha de alcançar as águas para alimentar os filhotes. A água doce em derretimento também poderia tornar as águas inóspitas para o fitoplâncton e outras criaturas da cadeia alimentar.