A indicação de reduzida eficácia da vacina chinesa rebatizada de Coronavac, atingindo apenas o mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), foi classificada de “frustrante” pelo infectologista Evaldo de Araújo, do Hospital das Clínicas da USP e diretor da Sociedade Paulista de Infectologia.
Mesmo fazendo a ressalva de que é preciso aguardar o anúncio oficial do percentual, Evaldo de Araújo explicou – durante entrevista ao programa Bastidores do Poder, da Rádio Bandeirantes, esta tarde, que, se for confirmada a eficácia de 50% da Coronavac, quem tomar a vacina terá 50% de chance de não ser imunizado contra a covid-19.
Durante coletiva, besta quarta-feira (23), o presidente do instituto Butantan, Dimas Covas, informou que “por razões contratuais” com oi laboratório chinês Sinovac, o anúncio oficial da eficácia da vacina será feito simultaneamente no Brasil e na China dentro de quinze dias.
Covas confirmou no entanto, que a vacina “atingiu índice de eficácia superior ao mínimo”, que é 50%. O anúncio representa uma ducha de água fria e confirma informação divulgada segunda-feira (21) pelo Wall Street Journal, de Nova York, citando fonte do Butantan, de que a eficácia da Coronavac é mesmo de 50%.
Para o infectologista Evaldo de Araújo, o Ministério da Saúde precisa priorizar as alternativas à Coronavac, que apresentam eficácia próxima dos 100%, como Pfizer, Moderna e Oxford/AstraZenica.