Porta-aviões dos EUA entram no Mar da China Meridional
MUNDO
Publicado em 27/01/2021

Washington, 25 Jan 2021 (AFP) - O porta-aviões americano Theodore Roosevelt navegou pelo Mar da China Meridional em um exercício que visa promover a "liberdade de navegação", a primeira operação de rotina que os Estados Unidos realizaram na região sob a nova presidência de Joe Biden.

O grupo aeronaval liderado pelo "USS Theodore Roosevelt" entrou na área no sábado, disse o Comando Indo-Pacífico dos Estados Unidos, no mesmo dia em que Taiwan informou que vários aviões e bombardeiros chineses entraram em sua zona de defesa aérea.

"É fantástico estar de volta ao Mar da China Meridional, conduzindo operações de rotina, promovendo a liberdade dos mares e tranquilizando aliados e parceiros", disse o contra-almirante Doug Verissimo, comandante do Nine Strike Carrier Group.

Pequim reivindica quase todo o Mar da China Meridional, embora Taiwan, Filipinas, Brunei, Malásia e Vietnã afirmem que algumas partes pertencem a eles.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês chamou os exercícios de rotina dos EUA de uma "demonstração de força" que não leva à "paz e estabilidade na região".

O Mar da China Meridional é uma rota marítima estratégica, na qual estima-se a presença de valiosos depósitos de petróleo e gás.

Pequim tem aviões militares estacionados em ilhas artificiais construídas nos recifes da região, uma decisão que despertou a ira de vários Estados que reivindicam partes do mar.

A operação dos EUA ocorre dias depois de Washington classificar seu compromisso com Taiwan de "sólido como uma rocha", nos primeiros comentários do governo Biden sobre a ilha.

Taiwan separou-se da China no final de uma guerra civil em 1949 e vive sob constante ameaça de uma invasão do governo continental.

Pequim rejeita os contatos oficiais com Taiwan e tenta manter a ilha isolada diplomaticamente.

Os Estados Unidos continuam sendo o aliado não oficial mais importante de Taiwan e são obrigados por um ato do Congresso a vender armas para que o território possa se defender.

 

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, aproximou-se da ilha enquanto mantinha mãos de ferro em suas relações comerciais com a China. A expectativa é de Biden mantenha a linha dura com Pequim.

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