Explosões matam 103 em homenagem no Irã a Qassem Soleimani, general morto pelos EUA
MUNDO
Publicado em 03/01/2024

Soleimani foi assassinado há 4 anos por drone militar dos EUA, em operação ordenada por Trump. Procissão faria homenagem em túmulo de general; governo Iraniano fala em ataque terrorista suicida.

Duas explosões mataram nesta quarta-feira (3) 103 pessoas que caminhavam em procissão para o túmulo de Qassem Soleimani, o general iraniano morto por um ataque com drone dos Estados Unidos em 2020, no Irã.

Outras 211 ficaram feridas, segundo serviços de emergência do Irã.O grupo, segundo autoridades locais, faria uma homenagem pelos quatro anos da morte de Soleimani, ex-comandante da Guarda Revolucionária do Irã e uma das pessoas mais influentes no país quando morreu, em 3 de janeiro de 2020.

 

O governo iraniano chamou a explosão de "atentado terrorista" e disse se tratar de um ataque suicida cometido por pessoas que estavam no meio da multidão. Nenhum grupo havia reivindicado o ataque até a última atualização desta reportagem

 

A imprensa local afirmou que as explosões ocorreram em uma rua a caminho do cemitério onde o corpo de Soleimani está enterrado, na cidade de Kerman, na região central do país.A primeira explosão, segundo o serviço de emergência de Kerman, aconteceu a cerca de 700 metros do túmulo do general iraniano. Pelas redes sociais, pessoas que estavam no local relataram haver centenas de corpos espalhados.Já a segunda explosão ocorreu minutos depois, em um ponto mais afastado e perto das primeiras equipes de emergência que já haviam chegado, ainda de acordo com as autoridades locais.O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, não nomeou culpados mas afirmou que o ataque foi feito por "inimigos malignos e criminosos da nação iraniana".

 

"Os inimigos malignos e criminosos da nação iraniana criaram mais uma vez uma tragédia e martirizaram um grande número do nosso querido povo em Kerman, na atmosfera perfumada dos túmulos dos mártires em Kerman", declarou, em comunicado.O ministro de Interior iraniano, Ahmad Vahidi, prometeu uma "resposta retumbante".

 

 

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