A divida americana bateu um novo recorde ao iniciar o novo ano, superando na terça-feira, 2, a marca de 34 trilhões de dólares pela primeira vez em sua história.

De acordo com o último Treasury Daily

Statement divulgado após o encerramento de terça-feira e refletindo as finanças do Tesouro americano em 29 de dezembro de 2023, a dívida total dos Estados Unidos no final do ano era de exatos 34.001.493.655.565,48 dólares.

Além do nível da dívida, é a aceleração do seu ritmo de crescimento que preocupa, sabendo que aumentou 1 trilhão de dólares nos últimos 3 meses, 2 trilhões nos últimos 6 meses, 4 trilhões nos últimos dois anos e 11 trilhões nos últimos 4 anos.

Destaca-se também que o custo anual da divida, ou seja, os juros pagos em um ano, agora ultrapassa 1 trilhão de dólares.

O economista Peter Schiff, crítico frequente do montante da dívida dos EUA, comentou esses números em posts no X, ressaltando especialmente que "estamos apenas no segundo dia de janeiro e a dívida já supera 34 trilhões de dólares", acrescentando que ele acredita que 2024 estabelecerá um recorde do maior aumento da dívida dos EUA em um ano".

Ele estimou que "a única questão é se haverá uma crise da dívida ou uma crise do dólar antes do fim do ano"

De fato, Schiff e outros economistas preveem que os Estados Unidos terão que escolher em breve entre dois males devido ao nível insustentável da dívida, seja desvalorizando o dólar, o que poderia levar o país à hiperinflação, ou dando o calote na sua dívida, o que também teria um impacto catastrófico sobre a moeda americana.

Em outra publicação, Schiff também destacou que "levou menos de três meses e duas semanas para adicionar o último trilhão de de dólares à dívida nacional", estimando que o país "adicionará o próximo trilhão de dólares em dívidas em menos de 3 meses".