Seca no Pantanal
MUNDO
Publicado em 18/11/2020

Seca no Pantanal forma “rio” de jacarés, que podem virar canibais por falta de comida

A PMA explica que a situação é normal, mas a seca deixa a filmagem chocante

A cena chocante é reflexo das secas que assolam no  nos últimos meses, o autor da filmagem diz estar preocupado com a situação.

“Aqui secou, esse aqui era o último açude aqui na fazenda e estamos preocupados, olha o berreiro do gado, olha a imensidão de jacaré que está aqui”, narra o homem que realizou as filmagens.

Segundo o próprio autor das imagens, a situação ocorreu na Fazenda Palmeirinha, localizada na região pantaneira, e ele nunca teria visto algo parecido.

“Isso é uma barbaridade, eu tenho tantos anos de pantanal e nunca vi tanto jacaré na minha vida em um lugar só”, também é informado que um bezerro foi desatolado e a situação é classificada como “preocupante”.

O responsável pelas imagens termina o vídeo afirmando que “Deus sabe o que faz”.

Ainda não se sabe o local exato onde o vídeo se passa, a PMA (Polícia Militar Ambiental) acredita que a fazendo pode estar localizada na região da Nhecolândia, em Mato Grosso do Sul.

Situação chocante, mas normal

A cena, apesar de chocante, pode ser considerada normal, a dramaticidade das imagens ocorre por conta da seca.

“O jacaré é um animal ectodérmico, ou seja, necessita de água para controlar a temperatura de seu corpo, então eles migram para lagos e açudes para que esse processo de resfriamento do sangue seja realizado”, explica o Tenente-coronel e também biólogo, Edmilson Queiroz, da PMA.

De acordo com Queiroz, a cena é normal, a diferença é que a cena os animais ficam muito amontoados e é possível visualizá-los, algo que não seriam tão fácil se o açude estivesse cheio, pois eles estariam um pouco “mais espalhados”.

Sem comida, canibalismo se torna uma solução

O Tenente-coronel da PMA explica que nesse tipo de situação, até mesmo o canibalismo acaba se tornando uma solução para os répteis, que precisam matar a fome.

“Ainda assim, aqueles que não migrarem daquele local vão aacabar morrendo por falta de alimento”, disse.

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