No Ceará, 40% das pessoas mais pobres sobrevivem com apenas R$ 231 por mês. Quando analisados os 20% da parcela populacional com o menor rendimento per capita, cai para R$ 129. Na Capital, os valores sobem para R$ 394 e R$ 254, respectivamente. Divulgados nesta quinta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os dados compilados na Síntese de Indicadores Sociais são de 2019.
Os números mostram, também, que não houve redução da desigualdade socioeconômica nos últimos anos no Estado. Em 2015, os trabalhadores de baixa renda já sobreviviam com valor semelhante e até superior, sendo R$ 232 (40% da população) e R$ 134 (os 10%).
Já a minoria, ou seja, os 10% mais ricos, receberam R$ 4.290 em 2019 no Estado. Em Fortaleza, salta para R$ 7.574. Esse grupo teve elevação dos ganhos na comparação com 2015, quando as cifras em R$ 3.557 e R$ 5.720.
Veja os números:
Desigualdade racial
Outra fisionomia da desigualdade contornada pela pesquisa é a diferença do rendimento domiciliar per capita médio entre pessoas de cor ou raça distintas, de acordo com o conceito definido pelo IBGE. A renda das brancas é a maior (R$ 1.427), enquanto a das pardas reduz para R$ 755. Já o rendimento familiar das pretas vai para R$ 771.
Gênero
No Ceará, o rendimento per capita médio das mulheres é maior (R$ 947) do que dos homens (R$ 930). Um movimento que se repetiu nos últimos quatro anos. Exceto em 2017, quando a renda era de R$ 888 para pessoas do sexo masculino e R$ 841 para as do feminino.
Índice de Gini
Em 2019, o Índice de Gini do rendimento domiciliar per capita do Ceará foi de 0,561, apresentando aumento em relação a 2012 (0,547), ano inicial da série do indicador, e a 2014 (0,522), menor índice da série. O indicador mede a desigualdade e quanto quanto mais próximo de zero melhor.
A desigualdade monetária no nível dos estados da Região Nordeste mostra um padrão sistemático no período em análise, no qual o estado de Alagoas é aquele com menor desigualdade de rendimentos (0,524 em 2019), em contraste com Sergipe, cujo Gini foi de 0,580 em 2019. O Rio Grande do Norte foi o estado que apresentou maior crescimento percentual do indicador entre 2013 e 2019 (10,0%). Nesse contexto, três municípios das capitais na Região se destacaram como os mais economicamente desiguais: Recife (0,612), João Pessoa (0,591) e Aracaju (0,581) – Fortaleza apontava índice de Gini de 0,574. A única a ficar abaixo do patamar de 0,500 no País foi Goiânia (Goiás), com Gini de 0,468.
Arraste para o lado para conferir os números da tabela por inteiro:
Rendimento domiciliar per capita médio das pessoas, por classes de percentual de domicílios em ordem crescente de rendimento, com indicação do coeficiente de variação, segundo as Grandes Regiões, as Unidades da Federação e os Municípios das Capitais - 2019
Região
Rendimento domiciliar per capita médio das pessoas (R$)
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