O ministro das Relações Exteriores iraniano, Javad Zarif, avisou que "agentes provocadores israelenses" estariam planejando ataques contra americanos para jogar a culpa no Irã.
Às vésperas do primeiro aniversário do assassinato do major-general Qassem Soleimani, morto por um drone americano em 3 de janeiro de 2020, as Forças de Defesa de Israel (FDI) estão se preparando para um ataque vindo do Irã, segundo contou o jornal The Jerusalem Post no sábado (2), citando uma fonte militar sênior anônima.
De acordo com a fonte, as FDI não excluem a possibilidade de ataque vindo de países como o Iraque ou o Iêmen, o que fez os militares israelenses "realizarem discussões de planejamento e revisão de possíveis cenários de ataques diferentes".
Em meados de dezembro do ano passado, o tenente-general Aviv Kochavi avisou que se "o Irã e seus aliados" tentarem atacar Israel, vão "pagar muito caro".
"Quaisquer fogos de artifício terão um mau resultado, particularmente para seus melhores amigos para sempre", escreveu o chanceler iraniano Zarif em tweet endereçado a Trump, se referindo muito possivelmente a Israel.
New intelligence from Iraq indicate that Israeli agent-provocateurs are plotting attacks against Americans—putting an outgoing Trump in a bind with a fake casus belli.
Be careful of a trap, @realDonaldTrump. Any fireworks will backfire badly, particularly against your same BFFs.
— Javad Zarif (@JZarif) January 2, 2021
Novas informações do Iraque indicam que agentes provocadores israelenses estão planejando ataques contra os americanos, enrolando um Trump em saída em um casus belli falso.
Tome cuidado com uma armadilha, Donald Trump. Quaisquer fogos de artifício terão um mau resultado, particularmente para seus melhores amigos para sempre.
© REUTERS / Agência de notícias WANA
Procissão fúnebre do major-general iraniano Qassem Soleimani, morto no Iraque em 3 de janeiro após ataque organizado por Washington, 6 de janeiro de 2020
A hostilidade surge às vésperas do primeiro aniversário do assassinato de Qassem Soleimani, cuja morte foi encomendada pelo presidente norte-americano Donald Trump, em 3 de janeiro de 2020. O major-general da Força Quds iraniana tinha acabado de sair do Aeroporto Internacional de Bagdá com o chefe da milícia xiita iraquiana, Abu Mahdi al-Muhandis, quando os dois caíram na mira de drone dos EUA.
Desde então, várias especulações têm surgido sobre como o Irã se vingaria pelo aniversário da morte de seu major-general, tão respeitado na comunidade persa e não só.
Após ataque à embaixada dos EUA no Iraque em 20 de dezembro, Trump culpou imediatamente Teerã, avisando que "se um americano for morto, o Irã será responsabilizado". No entanto, o chanceler iraniano classificou as acusações como imprudentes, adicionando que "Trump vai ser responsabilizado por qualquer aventureirismo em seu caminho de saída [do poder norte-americano]".