O analista militar e especialista sênior do Instituto Hudson (EUA) Bryan Clark instou os EUA a se prepararem para o pior cenário em caso de guerra com a Rússia e a China.
No seu artigo publicado pela Forbes, o especialista nota que, em caso de guerra, tais países como a Rússia e a China se focariam em armamentos e no reforço das capacidades defensivas do material militar. Por isso, princípios de guerra tradicionais para os EUA tais como adaptabilidade e resiliência passam para segundo plano.
Expressando preocupação pelo atual despreparo das forças norte-americanas para travarem guerra com tropas não regulares, ele escreve: "Estes cenários favorecem navios, aviões e formações de tropas bem armados e fortemente protegidos que são caros de comprar e manter".
Sendo assim, o analista apelou ao Pentágono para preferir cenários com enfoque na busca de informação e tomada de decisões, e recomenda a utilização de tais métodos como bloqueio prolongado ou quarentena de território, bem como operações de negação de acesso em águas internacionais e no espaço aéreo.
Os métodos referidos não estão muito representados nas Forças Armadas dos EUA. Por isso mesmo, estes representam o pior cenário para o Pentágono, considera o autor do artigo.
Se os EUA modificarem sua tática de guerra, isto permitirá sustentar grupamentos de tropas menores e sistemas autônomos a custo reduzido e, além disso, manobrar melhor no teatro de guerra.
"Se o Departamento de Defesa não começar a repensar seus cenários e a reequilibrar suas forças, os recentes sucessos na 'zona cinzenta' da China e Rússia nos mares da China Oriental e do Sul da China ou na Crimeia poderiam se tornar a norma", concluiu o analista.