"Veio muito rápido, não havia tempo para alertar ninguém", disse Sanjay Singh Rana, que mora na parte superior do rio na vila de Raini à Reuters por telefone. "Senti que até nós seríamos varridos."
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, disse que está em contato constante com autoridades para saber sobre os trabalhos de resgate. Ele também afirmou que o país está orando pela segurança de todos os moradores da região.
Am constantly monitoring the unfortunate situation in Uttarakhand. India stands with Uttarakhand and the nation prays for everyone's safety there. Have been continuously speaking to senior authorities and getting updates on NDRF deployment, rescue work and relief operations.
-- Narendra Modi (@narendramodi) February 7, 2021
A força aérea da Índia estava sendo preparada para ajudar nas operações de resgate, disse o governo.
Um setor da geleira se rompeu e deslizou para o rio Dhauliganga. O aumento repentino das águas arrasou tudo o que encontrou em seu caminho neste vale estreito, incluindo uma barragem, pontes e estradas, de acordo com imagens feitas por moradores da região.
As equipes de resgate trabalhavam contra o tempo para evacuar dezenas de vilarejos da região e chegar ao túnel com pelo menos 16 pessoas retidas.
O estado vizinho de Uttar Pradesh, o mais populoso da Índia, colocou suas áreas ribeirinhas em alerta máximo.
Uttarakhand é um estado indiano localizado no Himalaia e onde nasce o rio Ganges. Muitos vilarejos que estão sendo evacuados ficam nas colinas com vista para o rio, que é um afluente do Ganges.
As autoridades esvaziaram duas represas como medida de precaução para evitar que as águas turbulentas provocassem a cheia do Ganges nas cidades de Rishikesh e Haridwar. Também proibiram que os moradores das duas cidades se aproximem das margens do rio sagrado.
A região de Uttarakhand é sujeita a inundações repentinas e deslizamentos de terra. Em junho de 2013, uma chuva causou inundações que mataram cerca de 6.000 pessoas na região.
Esse desastre ficou conhecido como "tsunami do Himalaia" por causa da grande quantidade de água que se espalhou na área montanhosa, que lançou lama e pedras, enterrando casas, edifícios, estradas e pontes.