Mistérios de Bermudas e Apocalipse
MUNDO
Publicado em 06/03/2021
Uma pandemia que funde a cuca dos cientistas, terremotos quase semanais em diversas partes do mundo, coisas estranhas ocorrendo no hiperespaço segundo estudos astrofísicos. E o retorno de histórias no mistério em torno do desconcertante e assustador Triângulo das Bermudas, que já motivou filmes, livros, documentários e grandes reportagens. Tudo teve origem no século XIX, quando os primeiros nativos da região narravam coisas inexplicáveis.
Desde então, são milhares as narrativas de sumiços misteriosos de pequenos barcos, navios e aviões, assim como todos os seus tripulantes. As causas do fenômeno inspiraram as mais diversas teses: abdução por ETs, atração magnética do centro do globo, fenda dimensional ou portal do tempo.
 
Em 2018, uma equipe de cientistas da Universidade de Southampton, na Inglaterra, afirmou num documentário do Canal 5 (uma das maiores redes abertas) que a razão principal do enigma eram as ondas gigantes que se formam na área e que podem alcançar até trinta metros.
 
A altura dessas imensas ondas é semelhante ao maior tsunami já registrado no planeta, após um terremoto na Baía de Lituya, no Alaska, em 1958. O oceanógrafo Simon Boxall explicou no documentário que aquela zona do Atlântico pode ter um local atingido por até três tormentas de uma vez.
 
O lugar deve ser o ponto onde desembocam as massivas tempestades que chegam tanto do Norte quanto do Sul, e quando se unem levantam as ondas gigantes. Para provar a teoria, os cientistas utilizaram simulador de interiores e construíram um modelo de um navio desaparecido em 1918 ao sair do Brasil.
 
O USS Cyclops era um navio da Armada dos Estados Unidos que saiu do Brasil em direção aos EUA nos primeiros dias do ano de encerramento da Primeira Guerra Mundial. Levava 306 tripulantes e foi visto pela última vez em 9 de março perto do Triângulo das Bermudas. Sumiu sem deixar rastros.
 
Na simulação, a embarcação com seu grande tamanho e seu fundo chato, não demorou a afundar. Os estudiosos disseram que nenhum navio tem possibilidade de escapar de uma onda gigante, e pode afundar em apenas dois ou três minutos. Parte da imprensa britânica não assimilou tais argumentos.
Alguns jornalistas rebateram o documentário indagando dos motivos que levariam o desaparecimento de aviões, tanto grandes quanto pequenos. E o que dizer dos testemunhos da existência de tormentas eletromagnéticas na região? Ondas gigantes poderiam de alguma forma derrubar aeronaves?
 
Não foi daquela vez que a ciência estabeleceu racionalidade nos fatos. Nem encerrou a fantasia que alimenta a literatura, a ficção cinematográfica, o jornalismo sensacionalista e a construção de mitos esotéricos sobre as supostas civilizações da Atlântida, Mu e da Lemúria. As ocorrências ali, somadas aos tantos acontecimentos estranhos que surgem nesses tempos de pandemia, faz permanecer o charme e o medo do mistério.
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